MADRI, 1 de abr de 2005 às 15:19
O Arcebispo de Zaragoza, Dom Elías Yanes, afirmou que o legado espiritual do Papa João Paulo II "é um rico patrimônio que terá muitos séculos de vigência na Igreja".
O Papa deixa "um legado de grande riqueza", posto que "cada ano publicou dois ou três documentos importantes, de grande amplitude e profundidade" seguindo as orientações do Concílio Vaticano II.
Deste modo, "não houve questão importante que não tenha tratado", sempre dentro de "uma linha coerente, a afirmação da Igreja como comunhão com a Trindade", assim como "sua missão evangelizadora, a afirmação da dignidade da pessoa como fundamento da ética social e política ou a ética conjugal".
Do mesmo modo, o Prelado ressaltou, "todo seu trabalho de diálogo com as outras confissões e com o mundo moderno, como se viu em todas as viagens que realizou nos contextos mais diversos e em países com os sistemas políticos mais adversos", sempre respeitando "a liberdade de espírito".
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Dom Elías Yanes declarou que "em quase todos seus documentos há reflexões sobre os direitos humanos" e, de fato, "os últimos livros refletem esta predileção do Papa por estes temas". A ética, tal como a Igreja a concebe, "é um fundamento".
João Paulo II em Zaragoza
Por outro lado, o Arcebispo recordou que João Paulo II realizou duas visitas a Zaragoza, e que "guardamos uma grata memória".
A primeira visita do Papa, em 1982, "foi dentro do ciclo de visitas a todas as dioceses" espanholas, e a segunda, em 1984, foi "por ocasião da viagem que empreendia a América. Naquela ocasião "fez uma escala em Zaragoza como preâmbulo". Em ambos os encontros, "o Papa foi muito próximo às pessoas, pudemos vê-lo de perto e escutá-lo", concluiu.